Querido leitor, querida leitora,
Nas últimas semanas, o cenário global tem oscilado entre crises diplomáticas, instabilidade econômica e transformações tecnológicas que avançam mais rápido do que conseguimos acompanhar. E em meio a esse turbilhão, um dado chama a atenção: o comportamento de leitura também está mudando.
As listas de mais vendidos revelam uma curiosa polarização. De um lado, cresce o interesse por livros que explicam o mundo, tais como, tratados históricos, ensaios filosóficos, distopias políticas. Do outro, ganham espaço os romances de conforto, as narrativas breves, os guias práticos de respiração, de organização, de sobrevivência cotidiana e não vamos esquecer, o líder de vendas, os de colorir. Em outras palavras, há quem leia para entender e há quem leia e colore para suportar.
Essa tendência não é nova. Historicamente, momentos de instabilidade sempre alteraram o perfil de leitura. Durante guerras, aumentam as vendas de clássicos. Durante pandemias, cresce a busca por autoajuda. Livros se tornam tanto refúgio quanto radar.
Com certeza um grande historiador nos lembraria: “A leitura é um termômetro cultural.” E neste momento, o ponteiro aponta para inquietação.
Aqui no Amo Livros, seguimos atentos a esse movimento. Nossa curadoria desta semana reflete essa dualidade, nossos títulos que ampliam a visão e textos que acolhem. Análises que contextualizam o passado e sugestões que ajudam a atravessar o presente.
Porque em tempos como este, a leitura deixa de ser apenas entretenimento. Ela passa a ser instrumento. E em alguns casos, resistência.
Boa leitura e boa semana,
Maura
P.S.: Que tipo de livro você tem procurado ultimamente, um mapa do mundo ou um cobertor literário? Me escreva.